terça-feira, 5 de outubro de 2010

Chuva

Lá fora chove. O sol não brilha mais e o sorriso em meu rosto já se extinguiu faz muito tempo.
Meus olhos refletem o que eu sempre quis, e a dor já não suporta ficar dentro do meu peito e se revela escondido, meu quarto já virou meu melhor amigo. Falo com as frias paredes, que foram os melhores ouvidos que já encontrei. Meu cobertor esconde o meu rosto molhado, a janela fica sempre trancada, a escuridão e a solidão estão sempre presentes.
Ouço o som da chuva batendo com força em minha janela, os trovões me deixam com medo de tentar sair na chuva novamente. Ouvi meu nome, que já nem sabia que existia, e depois de um longo tempo eu quis encontrar com um outro olhar vazio. Olhei a chuva caindo, e você lá, me esperando dentro dela. A chuva batia forte em seu rosto, e não entendi porque, mas eu quis sair para me molhar junto com você. Não entendo como, mas consegui encontrar o meu sorriso novamente, a chuva me purificara, não me importava com a chuva, ficava feliz em me molhar e querer continuar caminhando devagar, pra me molhar mais e mais, e de repente a chuva parou. Minha solidão foi dissipada com a chuva, e um lindo arco no céu, junto com uma luz irradiante me trouxeram a alegria mais uma vez. Talvez fosse você, deve ser você. Foi você minha chuva.