quarta-feira, 18 de agosto de 2010

O amor

O amor que te tenho, não merece definição.
O amor que guardo em meu peito merece o silêncio
A pausa entre as palavras, nuas.
O que sinto é longe de uma obsessão
Longe, mas ao mesmo tempo perto.
Se queimando no fogo de uma paixão.

O amor não é algo parado, fixo
Ele está em constante movimento
Ele se recria, se aloja nos peitos alheios
Ele nos derruba com uma força descomunal
Para nos levantar com clemência sobre a nossa condenação.

O amor é o indefinido, aquilo que é próprio dos loucos.
Ele brinca com minha sanidade
Para depois se aconchegar em meus sonhos, e dormir
O amor espera com malicia cada passo que damos,
Ele rege ,descompassado, uma sinfonia luminosa
Que cega nossos olhos, dando-nos uma nova perspectiva sobre nós mesmos.

Na medida em que vivemos, não descobrimos o amor.
Ele não pode, não deve ser definido
Mal pode ser entendido, ele é a força vital
Que me faz respirar, que me joga nos mais fundos abismos
E logo em seguida com um sorriso amarelado,
Me levanta do chão sobre o qual desabei.

Ele me devora pouco a pouco.
Me deixa meio inteiro,
Meio morto
Quase metade do ser que sou,
Devastado, porém forte, ainda resistente.
Persistente na minha própria derrota.

O amor ri de nossos atos racionais.
Ele nos leva pelo caminho inconseqüente de nossas ações,
E se seguimos em linha reta,
Ele chora na forma de chuva,
E nos encharca de sangue e poesia.

O amor, é meu alimento,
Minha alma, minha dor
O amor é meu ser,
Ele queima no meu espírito
Para adormecer no meu coração

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