quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Boneca feito gente!

Quem dera se ela fosse uma boneca, dessas que não quebram apenas brincam e estão sempre com um sorriso de canto. Uma boneca com um coração verdadeiro, que chorasse e amasse. Uma boneca que não fosse de pano e retalhos, mas, que seja colorida e encantada, que enfeite os dias e faça sorrir aqueles que passam por perto. Quem dera se essa boneca fosse os olhos de alguém especial, que a pegasse no colo e a fizesse sentir que está no céu e se essa boneca cantasse que o mundo inteiro ouvisse. Que o encanto fosse passado de um para o outro e que cada abraço fosse multiplicado. Quem dera se ela tivesse o dom de levar aos outros cada sentimento que ela sente e que assim os dias dela se fizesse sóis.Ela, boneca de gente e coração de anjo. Ela, uma luz no fim do túnel, a esperança. Carregando no peito um poço repleto de sentimentos verdadeiros, caminha mudando de cor os desertos para que os corações dos humanos sejam feitos sem defeitos. Com os olhos brilhantes, de cor marcante, arrebata os olhos alheios. Carrega com ela os desejos de quem espera um pouco, digo, muito do mundo. Do nosso mundo. Boneca apaixonante, encantadora e guerreira. Boneca que luta dia e noite por verdade, sinceridade e originalidade. Que essa boneca exista não há dúvidas, esses dias todos no frio e na luta, amanhecendo sozinha. Boneca que durante sua vida de decepções encontrou um refúgio, uma força além que guia os caminhos de seus dias e uma maneira de sorrir contente. Ela escreve e encanta, ela escreve e assim encontra força. Boneca feita de gente, imperfeita, porém com alma verdadeira. Alma de quem sorri com coração, com os olhos e expande sentimentos. Alma de boneca que com as palavras se faz contente, que nas palavras encontrou a paz e com as palavras é feliz. A boneca acredita no sorriso e na verdade. A boneca sou eu em pedaços e que mesmo assim escreve desejos e angustias. Sou eu a confusa, santa e diaba. Sou eu sutil e encantadora, com lábios vermelhos escrevo desejo. Sou eu quem sorri e finge encantar. A boneca está em mim e em meus dias de gente grande. A boneca que existe aqui dentro, com essa alma de eterna criança, enlouquece a minha cabeça, irrita meus sentidos e mesmo assim me torna forte. Sou a boneca escritora, a inconstante que com seu jeito mutante de ser ainda encontra nas letras, nas palavras soltas e misturadas uma maneira de se encantar – e encantar o próximo. Sou eu que enrolo os meus sentimentos, que encontra na simplicidade um grande motivo de felicidade. Sou essa boneca impaciente e com gosto de gente. Eu sou essa boneca gente, essa maneira de espalhar emoção aos quatro cantos e ainda assim achar pouco. E pouco é quem pensa ser eu e não é. E pouco é quem busca encontrar em si próprio essa boneca que existe em mim e não encontra. E pouco é quem não luta, não ama e não enjoa. Pouco é o muito desnecessário há mim. Eu quero e busco o exagerado para que assim o mundo seja risonho e despreocupado com futilidades. Eu sou o bastante que não basta, sou o fogo que queima. Sou eu aquela que não foge e não mente ao presente. Busco o sorriso nos lábios, o coração quente e que o restante seja ao seu tempo, sem pressa e sem ficar parada. Sou eu, sempre eu essa boneca com coração de anjo e sonho ser sempre o sorriso nos lábios de quem merece. Assim me vejo, assim eu sou.

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